A mão no peito pousou
E inebriado no momento
Você não é homem, disparou
E aquela mão já era lâmina
Que adentrava
Mas não naquele peito
E sim neste
E cortava
E sangrei, sangrei
Pergunte ao pai de quatro filhos sobre ser homem
Pergunte ao Presidente
Ao líder da quadrilha
Ao demente
Ao náufrago
Ao pedinte
Ao infante
Ao ébrio
Ao transgênero
A mim não
Porque eu não sou homem
E nem sou ombros
Nem mulher
Eu sou eu
E sou o outro
Eu tento ser o outro
E basta
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