domingo, 11 de dezembro de 2016

Incógnita

Eu não sou religioso
Mas me sinto tão movido
Tenho vontade de rezar
Pelo tempo perdido

São os pequenos atrasos
As grandes negligências
É a dor que eu engasgo
É a falta de inteligência

E são as velas que acendemos
No meio duma tempestade
Porque ambos imaginemos
E se nem tudo for a Sua vontade

Não acharemos respostas
Para tão insólita equação
Só se quer desaparecer
Extirpar a dor do coração

E no corredor dum hospital
É a dor que temos à mão
No topo de uma estrela
É alto e pesado o coração

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Por aqui estivemos

Nós andamos pelas ruas
Como se fôssemos realeza
Ainda não amanheceu
Você é sorriso, é tristeza

E quando todos dormem
Você sonha, sonha

Eu dou um passo na lua
Nós cruzamos os dedos
É um salto olímpico
Você cheio de medos

E quando todos dormem
Você sonha, sonha

E todas as coisas mudam
Assumem um ou outro formato
Nós vemos as fotografias
Mas o passado é um contrato

E quando todos dormem
Você sonha, sonha

Nossos cabelos ao vento
Depois nós percebemos
Que quando nada ia bem
Por aqui estivemos